VENENOS QUE CURAM

REDOMA DE VIDRO

“Quando a gente gosta é claro que a gente cuida”, pegando como base esse trecho da bela composição de Peninha, conhecida na voz de Caetano Veloso, entre outros; vamos juntos refletir sobre o ato de cuidar, ou proteger.

A maioria de nós gosta de ser cuidado no sentido do zelo, do mimo, do paparico; ser protegido do pior, poupado de coisas desnecessárias; isto tudo parece bom e é muito bem vindo.

Porém, toda moeda tem dois lados e o negativo da proteção não é a falta de proteção, nem de cuidados e sim ser roubado em sua privacidade, cerceado em sua intimidade e individualidade.

Com a desculpa de cuidar e proteger o outro na maioria das vezes impomos o que “achamos” ser melhor para ele. Detalhe pertinente: quem além de Deus e de nós mesmos pode saber o que é melhor em nossas vidas?

Às vezes me pergunto, não seria muita petulância de nossa parte julgar as necessidades do outro e supri-las nós mesmos sobre o pretexto de “é para o seu bem”?!

Nós não queremos que ninguém cuide da nossa vida como se fossemos incapazes de discernir o que é bom ou ruim para nós. Então por que fazer isto com alguém?

Cada pessoa tem sua história, seus erros e acertos, seus altos e baixos. Aprendemos com nossas experiências e também observando os outros.

Por tanto a função de cada um de nós: amigos, familiares, amores, orientadores, não é ditar o que é bom ou ruim e sim partilhar experiências. Mesmo porque o que vale para um, na maioria das vezes não funciona para o outro.

Não sejamos frios a ponto de não nos importarmos com o próximo, mas sejamos conscientes de que há coisas que não estão no nosso domínio.

Quer comandar algo? Governe a sua vida, ou torne-se um bom político.

Quer proteger alguém? Viva e proteja-se, ou torne-se: policial, segurança, ou bombeiro.

Quer cuidar de alguém? Cuide de você, ou torne-se: médico, enfermeiro(a), babá, pai, mãe, olheiro ou fiscal.

Tudo que supomos ser bom para alguém, na verdade é apenas nossa opinião. E opinião só deve ser emitida quando nos pedem e ainda assim com reservas.

Nossa opinião sobre o outro não importa, a vida segue. Vivemos e morreremos, então sejamos educados uns com os outros, afinal: gentileza gera gentileza.

Lei da Ação e reação: “Não faça com os outros, aquilo que você não quer que seja feito com você”.

Elaine Spani

(25/07/2012)

Querida Mulher Maravilha,

Você mesma. Você que mata um leão por dia, cumpre dupla jornada, tem sido mais forte do que seus super poderes e pra completar parece longe de um final feliz.

Está com aquela sensação de vazio, de que as coisas não foram exatamente como planejou? Acredite: você não está sozinha.

O papel da mulher na sociedade virou roteiro de longa metragem e nem sempre os créditos são seus.

A grande questão é ver que no final das contas, muitas acabam sucumbindo ao stress da vida moderna sem sequer sair dos bastidores para brilhar no papel principal.

Muitas dizem que estão cansadas e que os homens não ajudam. Em alguns casos é mesmo verdade.

Tudo parece tão pronto e prático, até o prazer já virou uma coisa meio: “fast food”.

Não há tempo para nada e as pessoas que são muitas, acabam se perdendo por pouco ou quase nada.

Saudade do tempo que tudo era simples, inclusive as pessoas que não complicavam tanto, apenas viviam. Tínhamos menos opções e mais convicção.

A evolução foi boa, a modernidade bem vinda, mas sinceramente, não há mulher que seja tão Poderosa ao ponto de não querer alguém em seu mundo para poder dividir suas conquistas e medos.

Independentes sim, mas com consciência de que tudo tem limite e não só o cartão de crédito.

Toda Mulher Maravilha devia ver em si o seu lado princesa e se deixar seduzir.

Os homens de hoje esquecem que somos mulheres e temos fragilidades e gostamos de ser seduzidas e mimadas, porque boa parte das mulheres toma o papel deles para si. Eles acabam perdendo a iniciativa.

Quer reinar? Engole um pouco a sua competência e permita que ele encontre um lugar em sua vida. Mostre que eles são indispensáveis e não apenas úteis.

Homens; declaro aberta a temporada de caça!

Não, não somos prezas fáceis, mas estamos dispostas a abaixar a guarda e quem sabe assim podemos novamente falar a mesma língua?!

Boa sorte aos novos casais

Texto: Elaine Spani

Imagem: Meramente Ilustrativa



Ei SUPER HOMEM,

Sim, você mesmo.

Muito trabalho com sua vida moderna? Como se sente? Cansado, chateado, desvalorizado?

Você sente que por mais que pense positivo, o seu velho lema:”Para o alto e avante”, só te fez correr em círculos?

Muitos são os problemas, poucas as respostas e você aí anestesiado sem saber por onde começar.

A esta altura da vida, pensou que teria salvado o mundo, talvez não o Planeta, mas o seu mundo particular ao menos e nem isso saiu como esperava.

É, nem sempre basta ter SUPER Poderes, há coisas que não estão ao nosso alcance; que não dependem única e exclusivamente de nós.

A espera angustia e você se vê cada dia mais humano menos SUPER; não se desespere, não desanime. Olhe bem a sua volta agradeça por estar vivo, muitos heróis morrem jovens e você ainda está aqui.

A idade deve ter trazido além de consciência, alguma praticidade, então falta o que? Use outros super poderes: motivação por exemplo.

Talvez a visão de raio X não funcione mais tão bem, afinal não consegue enxergar o que pode estar diante do seu nariz.

Aceitar ajuda também não ofende sabe, não acaba com sua imagem de herói.

O que realmente vale a pena?

Para de pensar no que foi e trate de lidar com o que é, com o que você tem, arregace as mangas e tome uma atitude positiva.

Os problemas existem, você resolve uns e aparecem outros, então não os use como desculpa para demorar ainda mais para chegar onde pretende.

Sabe, SUPER HOMEM, vou te contar um segredo: nenhuma Mulher Maravilha está interessada apenas e tão somente no que você tem no bolso, aliás você nem tem bolsos.rsrsrs

A muito tempo as mulheres querem apenas que você e outros sejam apenas homens, o herói nós deixamos nos sonhos, aqui é a vida real e acontece nesse exato instante com ou sem a sua participação.

Então, está esperando o que para sair da rotina, respirar ar puro, voltar a acreditar que é possível; está esperando o que para dar aquele telefonema?

"Toda segunda chance precisa de um primeiro passo." Acredite o não você já tem conquiste o sim.

Boa sorte aos novos homens que hoje desistiram da fantasia do SUPER para voltar para o mundo real e ser feliz com problemas de todo dia.

Texto: Elaine Spani

Imagem: Meramente Ilustrativa

Data: 17/05/2012

I POBRE!

"Música é muito pessoal, só deve ser coletiva quando pagamos por isso. Em um show por exemplo; todos estão ali curtindo o artista e sua música por vontade própria e não porque algum engraçadinho resolveu que aquilo era bom." Elaine Spani 

“Proibido o uso de aparelhos sonoros”. Quem nunca viu esse aviso nos coletivos?

Quem nunca foi submetido, aos mais diferentes gostos musicais enquanto viaja em ônibus, na maioria das vezes; lotados?

Existem tipos de passageiros bem distintos.

Existe a turma dos Djs que divide com todos o seu gosto musical, na maioria das vezes péssimo diga-se de passagem. E existe o “clube do fone”.

Participam do “Clube do Fone”: pessoas educadas que gostam de música e não incomodam ninguém e aqueles que usam os fones para evitar conversa, ou ainda o barulho gerado pela turma dos Djs.

A turma dos Djs incomoda e muito. O pessoal do “Clube do Fone” que o diga.

Sabe; eu muitas vezes faço parte do “Clube”; prefiro não me estressar com os Djs. Já cheguei a esquecer os fones e ter que descer do coletivo de tanto que os Djs incomodavam felizes.

Usar fone é um meio de isolamento e de autocontrole.

É triste ver que estamos nos afastando cada dia mais uns dos outros, mas atire seu fone quem nunca quis jogar o radio ou o celular de um Dj pela janela do coletivo.

A vida moderna nos trouxe benefícios, mas também com as facilidades tecnológicas cada vez mais  pessoas estão perdendo o senso do que é coletivo e o que é individual.

Como bem sabemos: gosto pessoal não se discute e completando a frase: também não se impõe.

Verdade seja dita, cada dia mais as pessoas estão vivendo no EGO. Eu quero, eu posso, eu tenho, eu faço o que quiser, você não manda em mim. Ninguém tem nada a ver com a minha vida. Sou eu quem pago as minhas contas. Não pedi conselho...

É só uma pequena mostra de frases que demonstram bem a triste época em que estamos vivendo.

Nas ruas mal nos olhamos, mal vemos a paisagem que muda constantemente.

Passamos horas no trânsito, horas no trabalho, horas nas quais não percebemos o quanto estamos fugindo uns dos outros, fugindo ou atacando.

A selva é mesmo de pedra e não para, e nós animais domesticados é que de racionais estamos nos tornando irascíveis diante dos limites que perdemos.

Vamos com tudo fazer cada um a nossa parte e tentar não piorar ainda mais as coisas.

Quer ser Dj? Trabalhe com isso, não incomode ninguém. Quer ficar isolado? Lembre de ao menos olhar a sua volta, pois você não está em uma redoma.

Seu isolamento não é uma super blindagem.

E quando a palavra for: “coletivo”; lembre: não é particular, você deve aprender a conviver sem incomodar.

Aos Djs e as pessoas do “Clube do fone”, meu agradecimento pela atenção aqui dispensada.

Elaine Spani

OBS.: As imagens usadas neste texto foram retiradas da internet e servem apenas para ilustrar o texto de minha autoria.

MALHAÇÃO

Não estou falando da novelinha adolescente, estou fazendo um convite. Vamos malhar com inteligência? Esse texto vai para pessoas que fizeram a imagem do nosso país ser resumida a uma parte da anatomia feminina.

Para todos aqueles que só pensam na região glútea a popular: “bunda”; eu dedico estas linhas.

Pensando sobre o assunto, eu que sou apaixonada por imagem acabei fazendo uma associação inusitada. Sim porque eu além de brasileira e mulher, não me resumo a esta parte do meu corpo.

Eu penso; uso meu cérebro. E aí que está o x da questão. Vocês algum dia pararam para ver como o cérebro humano em termos de imagem se assemelha a anatomia tão cobiçada por alguns?

Gente; é sério! A tão famosa bunda esteticamente até lembra e muito o cérebro.

Observe as imagens abaixo:

Impressionante não é mesmo? Pena que muita gente pensa com a região errada. Rsrsrsrs

E fala tanto em bunda que acaba ficando com cara de bunda. E presa tanto essa região que esquece que poderia ser muito mais respeitada pelos seus pensamentos do que conhecida pelos seus atributos físicos.

Culturalmente falando, não é de hoje que a imagem da mulher brasileira está associada à região glútea.

Todo ano, um pouco antes do verão é a mesma coisa, uma febre de mulheres correndo para academias para modelar a tal região.

A moda agora é implantar silicone nos glúteos para definir com maior rapidez o que algumas perseguem com anos de malhação.

E muitas exageram no tamanho das próteses e se transformam em verdadeiras aberrações.

É muito lamentável essa inversão de valores, vivemos em um mundo onde pessoas fazem de tudo pela imagem física e pouco ou quase nada pela parte intelectual.

Gente, como diz na música: “Nem toda brasileira é bunda”!

E para aquelas que gastam seu suado dinheiro em cremes caríssimos, que fazem drenagens e tratamentos estéticos mirabolantes, que ficam horas na academia perseguindo o glúteo ideal fica aqui um apelo:

Mulheres, por mais que a região seja bonita, o bonito mesmo é ser conhecida pelo que você tem na cabeça e não como um ponto de referência sexual.

Não percam seu tempo brigando com a celulite, acreditem; homem quando gosta de mulher pouco se importa com os temidos furinhos.

Homem  que é homem gosta de mulher e mulher que é inteligente não liga sua imagem a uma parte do corpo.

Quem pensa, logo existe. Se você usa a imagem errada não dá para ficar indignada quando for vista também de maneira equivocada.

Homens, para aqueles que vêem em nós um conjunto e não apenas uma parte isolada; acreditem muitas de nós usa a parte certa do corpo por isso nos irritamos com  a imagem errada que é vendida em revistas, e em pacotes de turismo.

Não sou uma feminista radical, mas também não sou uma despeitada; não tenho do que reclamar, minha anatomia é bem brasileira, mas eu tenho a imagem certa a meu respeito.

Como já mencionei: “Nem toda brasileira é só bunda”; e cá entre nós, não dá para conversar com bunda, apresentar mesma como sua companheira e mãe dos seus filhos. É preciso bem mais do que isso; massa cinzenta não faz mal a ninguém.

Apesar de parecidos cérebro e glúteos tem importâncias diferentes.

Não dá para ganhar o Nobel, nem um Oscar com a bunda! Não dá para ser uma profissional respeitada e  de sucesso destacando apenas essa parte do corpo.

Carreiras feitas assim, realmente precisam de seguro. Quem tem muito dinheiro para investir nos glúteos tem mesmo que pagar para protegê-los. Afinal, sem suas anatomias quem são essas mulheres?

 As mulheres mais interessantes da história mundial; não tem uma linha das suas biografias onde seus glúteos são mencionados. Deve ser porque elas tinham mais conteúdo.

Por mais que a imagem da “bunda” possa se assemelhar a do cérebro, finalizo afirmando: “Penso, logo existo”!

Elaine Spani

(13/11/2011)