29 de janeiro de 2012

PRAZER: dona ROTINA

Quem tem medo da dona Rotina?
Ninguém gosta dela, ou quer ouvir falar, mas ela existe é fato!
É como um parente distante que quando chega; você não vê a hora em que vá embora.
Ela chega e tem trânsito livre, circula em vários setores de nossas vidas sem nenhuma cerimônia.
Pode causar danos irreversíveis nos relacionamentos, e pra piorar a “parenta”, parece falar outra língua e ser meio surda.
Já reparou que na maioria das crises causadas pela Rotina, à primeira coisa que as pessoas perdem é o diálogo, logo em seguida vai a audição?
A Rotina afasta, pois vê tudo da mesma maneira, ela nos faz perder os detalhes do outro; guarda no bolso o encantamento, o flerte, o desejo.
Esta velha ranzinza mastiga tudo sem dentes.
Quando se instala, ela venda os olhos, amordaça as palavras, paralisa os passos. Rouba de nós o charme das descobertas, joga no lixo lembranças, fecha o tempo e nos deixa nublados.
Mas é preciso atenção, a vida é sua e é seu dever como proprietário cuidar da sua casa e dos seus interesses.
Então, se a Rotina apareceu na sua porta de mala e cuia e tornou tudo sem cheiro nem sabor, coloque a pra andar.






Assuma novamente as rédeas e diga: o que há de novo?!
Seja o que for, está lá para você...
A melhor hóspede é jovem e se chama “Conquista”. Ela seduz, encanta; tem sempre um olhar diferente para coisas já conhecidas.
A “Conquista” é insaciável! Ela sabe querer sempre mais e sabe que algo conhecido pode ser visto de várias formas; isto encanta.

Esse é o poder da “Conquista”; diferente da Rotina que não vê graça em nada.
Gostou? Então está fazendo o que aí parado; está esperando que a Rotina abra a sua geladeira, pegue sua última cerveja, coloque os pés sobre o sofá e diga: - Passa o controle!?
Diga adeus à dona Rotina, mude a maneira como você vê as coisas, sinta diferente, haja diferente...


Conquiste mais e mais vezes assim você verá a dona Rotina fazer as malas e voltar para o devido lugar.

Desejo a todos vocês muita sorte e cuidados especiais com o que vocês amam.

Elaine Spani
verão de 2012





25 de janeiro de 2012

Aban(DONO)!

Um dia você se sentiu sozinho e resolveu mudar sua vida; desde que tomou esta decisão tudo ficou melhor e você nunca mais se sentiu abandonado.
O tempo entrou em cena e foi passando, agora você se sente mais feliz e confiante.
De repente percebe que está estável e não consegue mais ter a mesma alegria de quando resolveu mudar sua vida e deixar de ser só.
Aquilo que antes te trouxe muita alegria e felicidade agora parece atrapalhar.
Sim, o tempo passou e o encanto se quebrou; o que fazer agora?
Muitos se sentem como você e renovam seus votos de amor, outros simplesmente abandonam quem um dia o fez feliz.



Abandono... abandonar... desistir... renunciar...desprezar...desamparar...



A palavra abandono tem em si uma explicação que talvez poucos tenham atentado para ela.
Aban(DONO)...o final DONO dá a ideia de posse; e se você possui algo ou alguém deve ser responsável por aquilo.
Você o quis um dia e agora não quer mais?
Esquece, vira as costas e pronto: caso encerrado?
Parece brincadeira, mas muitas pessoas agem assim. E o que vemos cada dia mais são abandonados lançados a própria sorte.
Detalhe: que abandona esquece... quem foi abandonado não esquece jamais.
A dor do abandono é entre outras coisas uma rejeição, é o não servir mais, o não caber.
Ao abandonado cabe o silêncio do tempo por ALEGRIA PRESTADA?
Uma vez eu li: “- VOCÊ FOI UMA ÓTIMA NOVIDADE, PENA QUE NOVIDADE, PASSA.”
Acredito que é com esse tipo de impunidade que age quem abandona uma vida para seguir outra escolha.
Lembre-se: quem abandona hoje, não pode reclamar da própria sorte no final.
Não é praga; é a lei do retorno.
Não faça com o outro aquilo que você não quer que seja feito com você.
Sofrer as conseqüências dos próprios atos é algo intransferível e irrevogável.

Elaine Spani
25/01/2012

19 de janeiro de 2012

ACUMULO É O CUMULO!





Quanto mais eu vivo, mas percebo o quanto acumulamos coisas desnecessárias.
Todo ano, uma ou mais vezes; eu faço o que chamo de: “bota fora”.
É quando paro para olhar tudo que tenho e me pergunto: - Eu “preciso” disso para viver?
Na maioria das vezes a resposta é: - Eu “posso” viver sem isso.
E esse: posso viver sem, também remete a outra coisa: pra que vivemos nesse consumismo se isso nos traz uma felicidade ilusória e momentânea?
A consciência é mesmo um balde de água fria! Acumular coisas é realmente o cumulo.
Você já parou para pensar que coisas paradas são energia parada e a inércia não toca em frente à vida de ninguém?
Geralmente faço esse bota fora com tudo: objetos, roupas, livros, papéis. O que é usável fica; todo o resto segue para doação ou para o lixo.
Estou me reeducando para viver bem e com menos. Quero menos problemas, menos energia parada e mais espaço para coisas úteis.
Pensando nisso, percebi que também acumulamos além de coisas, sentimentos desnecessários: raiva, tristeza, inveja, mágoa.
Basta um gesto, uma palavra mal dita ou mal interpretada, ou até mesmo o silêncio quando o que queríamos era a palavra. Basta e pronto, acumulamos sentimentos ruins.
Cultivamos esses sentimentos, nós os alimentamos diariamente quando voltamos a pensar e a sentir a situação que nos desagradou.
Estou buscando fazer um “bota fora” também nos meus sentimentos.
Percebi que é mais fácil se livrar de coisas palpáveis, do que dos sentimentos.
O sentimento que temos por um objeto tem menos raiz do que a raiz que nutre a mágoa por exemplo.
Mas fica aqui a dica: avalie o que é necessário em sua vida.
Doe, jogue fora, renove! Dá uma sensação de liberdade, de dever cumprido.
Penso que quando conseguir me livrar também dos sentimentos inúteis, estarei ainda mais leve.
E você, refletiu? Faça a pergunta: - Eu “preciso” disso para viver? Você irá se surpreender com a resposta.
Será que não esta na hora de fazer o seu “bota fora”?
E isso inclui os sentimentos.
E se a maior parte das respostas for: eu posso viver sem isso. Não se surpreenda, aproveite para dar espaço a novas experiências.


ELAINE SPANI

8 de janeiro de 2012

ADOÇÃO DE SENTIMENTOS





Acredito que a esperança é nata e as ilusões são adotivas. Podemos tê-las como escolha ou não. Muitos sentimentos são assim; como filhos.
Pense que você é pai ou mãe dos seus sentimentos e isso poderá ajudar a entender o que eu direi a seguir.
Como pai ou mãe você pode ter filhos naturais, chamados biológicos, ou filhos adotivos, que são aqueles que você não gerou, mas escolheu ter.
Pois bem, imagine que seus sentimentos são seus filhos. Você e qualquer pessoa; adorariam ter filhos prodígio, filhos que se destacassem e não trouxessem problemas ou ainda de preferência, fossem como alguns dizem erroneamente: “perfeitos”.
Não vamos entrar hoje no mérito da perfeição.
Sabemos que os filhos, independente de serem biológicos ou adotivos não são como queremos e sim como a personalidade deles é.
Curiosamente os nossos sentimentos também são como filhos. São próprios e nem sempre são bons sentimentos.
A esperança, por exemplo; quem seria louco o bastante para não querer uma filha assim, tão cheia de virtudes? Gerada ou adotada essa garota vai longe.
Agora, falemos da mágoa, da inveja, do ódio; quem em sã consciência gostaria de assumir; SIM são meus filhos!!!!
É; só que também são sentimentos... muitos de nós gera essas crianças, outros as adotam. E aí, entendeu?
Não dá pra dizer toma que o filho é teu. Quem pariu que balance, lembra do dito popular?
Pois bem, então seja responsável e veja bem o que você vai por no mundo, ou adotar para si.
A sociedade sempre cobra a educação das crianças, e cobra dos pais.
Então, eduque seus sentimentos para que eles não destruam tudo que vêem pela frente, como toda criança levada.
Adotivos ou não, os sentimentos são seus, não os esconda do mundo dentro de uma caixa, a história prova que isso também não funciona. Veja o exemplo de PANDORA.
Não conhece o mito? Procure: Caixa de Pandora.
A Esperança pode ser tudo que nos resta.

Elaine Spani
08/01/2012