13 de julho de 2016

MATERNA(IDADE)!

Ser mãe não é ter um útero e sim um filho, não importa como ele chega até você, seu amor materno existe e isso faz dele seu filho, mesmo que digam o contrário.
Não fosse assim me explique por que muitas mulheres engravidam e abortam por querer? Porque muitas delas após ter o filho abandonam em becos, ou lixeiras dentro de sacos ou caixas entregues a própria sorte? Não são mães?
Não é o útero que determina a maternidade e sim o coração, exemplo: uma mulher que é estéril pode adotar e produzir leite para amamentar seu filho, isto é ser mãe. O amor faz uma mulher ser mãe e não o fato dela ter tido ou não filhos biologicamente.
Há milhões de mulheres que tiveram a graça de gerar filhos e não sabem educar, não sabem dizer: não; não sabem dar limites e nem preparar para a vida, isto lá no futuro fará falta, pois ser mãe ou pai não é apenas gerar ou não uma vida e sim se entregar a ela e suprir o que lhe falta em afeto e preparo e não apenas cobrindo de mimos e bens materiais.
Ser mãe definitivamente não tem a ver com um útero e sim com o coração.

 

Elaine Spani e Silva
(11/07/2016)

8 de novembro de 2015

O que dizer ao amor


Imagem meramente Ilustrativa
 
Não diga ao amor que há regras, pois ele irá quebrá-las.
Não diga ao amor, que pra tudo tem limite, ou ele irá redefinir os limites.
Não diga ao amor, que é impossível. Caso insista em dizer verás que o impossível não existe para o amor.
Não coloque barreiras de raça, peso, altura, aparência, sexualidade, religião, condição social, ou escolaridade. O amor faz escolhas e adaptações próprias.
Não brinque de dizer: Eu te amo à toa, sem a certeza disto, pois o amor merece respeito e atitude.
Amar é muita coisa que não cabe no verbo, é antes de tudo o dia a dia, o desejo do amanhã, um superar de ontens. Amor é dois em um, não é contrato, nem pacto, mas compromisso de almas.
Não diga ao amor que acabou sem ter certeza disto, pois ele é capaz de te surpreender e se renovar. O amor sempre está pronto pra recomeçar.
Não diga ao amor que você não suporta mais, pois assim como Deus, esse sentimento divino nos foi dado para entender a palavra: esperança.
Quem ama; quem conhece o amor, sabe que a palavra esperança é o doce dentro dos amargos do caminho.
Enfim, o amor precisa de boas palavras, de pessoas dispostas mesmo que a princípio opostas, mas com o propósito de fazer desse sentimento não apenas laço, mas também roteiro de um destino desejado.
O amor é as férias da vida e se você o encontrou aproveite e viva assim eternamente.
Elaine Spani
(07/11/2015)

25 de agosto de 2015

Safra: 4.1/1974


 
Hoje vivo a vida de uma maneira nova que jamais imaginei viver.

Tenho ao meu lado pessoas que nunca pensei em conhecer.

Perdi outras que pensei que seriam para sempre.

Sobre o para sempre, aprendi que ele não dura além do nosso desejo de que seja eterno.

E que eterno mesmo é o universo e a vida que Deus nos deu, seja aqui na carne ou em espírito.

Hoje sei que o amor começa quando aprendemos a nos amar e isso nós aprendemos através do amor ou do desprezo que nos dão.

Sim o desprezo pode ensinar sobre o amor; sobre o amor próprio, sobre se reinventar e entender que se damos amor não merecemos menos que amor.

Hoje me sinto uma pessoa melhor do que fui e sei que não sei tudo sobre todas as coisas muito menos sobre quem eu sou. Estou me descobrindo a cada novo despertar, sou forte onde me julgam fraca; sou sincera embora me julguem grossa; sou doce, embora azede ou amargue. Tantas mulheres vivem em mim, não sei caber no pequeno, necessito ser eu, necessito deixar livre. Amar é meu melhor dom, lutar é um verbo que cansa, prefiro agradecer e receber o que Deus achar que me convém.

Acredito que nessa jornada não viemos para agradar ninguém, viemos para sermos felizes, para evoluirmos.

Muitas pessoas não entenderão isso e a cada ato de liberdade e personalidade contrária as vontades alheias essas pessoas irão te criticar e crucificar. Não ligue; provavelmente elas não aprenderam nada sobre si mesmas, logo não tem poder para te julgar.

Lembre-se ninguém sabe sua vida, suas batalhas e vitórias, então não espere que te entendam e aplaudam; isso é para poucos. Sua melhor platéia é e sempre será seu coração.

Se ele estiver feliz é o que basta, afinal estarão juntos até o último suspiro.

Ele sabe das suas emoções, sabe dos seus milagres diários e de tudo que viveu até aqui.

Ouça mais o seu coração por que o mundo pode falar, mas se seu coração parar sem que você tenha vivido o melhor da vida, acredite o mundo seguirá em frente e quem terá perdido será você.

Hoje eu sei que a melhor maneira de se criar alguém não é dizendo o que é melhor e sim ensinando a fazer escolhas.

Ninguém sabe o que é melhor para o outro, mas todos nós podemos ensinar ao outro que ele pode fazer a melhor escolha.

Quando educadores têm raízes fortes, eles ensinam seus discípulos a voar com as próprias asas.

 

Elaine Spani

(20/08/2015)

Texto em comemoração ao dia 25/08/2015 - meu 41º aniversário.

22 de fevereiro de 2015

NUMA FRIA


Sabe aquele parente que sempre quebra um galhão, mas que por um motivo ou outro a gente nem toca no nome e evita em certas situações? É, todo mundo tem alguém assim, aqui em casa não é diferente.
Então lhes apresento a dona “Gelóka”; ela não é assim uma Brastemp e nosso caso é de amor e ódio a primeira vista.
Tudo começou em 2009/2010, foi quando ela entrou para a família. E só não saiu na mesma noite pela porta que entrou, porque na ocasião eu trabalhava de manhã e estudava a noite o que me fazia dormir feito uma pedra.
Só por esse detalhe ela continua entre nós. O caso é que para geladeira barulhenta e ronco de marido cada um tem seu limite e nem sempre o “limite” é o amor, muitas vezes é a necessidade que dá tolerância.
A dona Gelóka não apenas “ronca”; ela produz estalos bem altos e resmunga feito uma anciã queixosa de suas dores.
Hoje descobri algo podre sobre o passado dela que até então parecia ser limpo.
Você aí lê manual de tudo que compra? Se a resposta for sim, parabéns, não vai ser nenhuma novidade o que direi a seguir, porém se for do tipo que não lê, bem vindo ao time amigo!
Vamos ao “podre”; as geladeiras do tipo “Frost Free” ou seja auto-limpante diferente de suas avós, não precisam descongelar e isso tem um custo para nossa saúde queridos amigos.
A beldade tem uma “bandeja de água”, atrás dela, aberta e sabe o que isso significa? Sim, um berçário para larvas de mosquitos da dengue e chikungunhas.
Todo mundo faz campanha contra o acumulo de água parada, porém quem de nós sabia sobre o berçário natural disfarçado de geladeira que mantemos em nossas casas? Faz o que?
Pensei: Meu pai já teve dengue; vou limpar, mas a água estava imunda, achei por bem deixar podre mesmo. Nesse caso, limpar traria ainda mais riscos, afinal as larvas se criam em água parada e limpa.
Agora se a parenta acabou de entrar para a família cuidado; ela não é assim tão inocente. Afinal com ronco e resmungo todo mundo acostuma, já com as febres tropicais, ah ninguém merece!
 
Elaine Spani
(22/02/2015)

27 de setembro de 2014

Uma ou duas coisas sobre o amor

Foto Meramente Ilustrativa



Aí você torce o nariz e me pergunta: Mas de novo esse tal de amor?

Sim, falarei dele e o propagarei incansáveis e incontáveis vezes.

O dia em que eu cansar de falar sobre ele, meus olhos também terão se cansado da luz da vida.

A questão hoje é simples; o eu te amo propriamente dito. Você já declarou hoje seu amor por alguém? Vale pai, mãe, filho, amigo e claro aquela pessoa especial em sua vida.

Parece simples dizer, mas acredite não é.

Para algumas pessoas perdeu o sentido porque algumas falam demais a ponto de cair em descrédito.

Não é sentimento demais e sim torrar a paciência do outro que ao invés de te abraçar ou beijar, diz o clássico: ahãm, ta bom.

Nem tanto ao céu nem tanto a terra gente, parcimônia sempre. Apenas não passem a vida gritando ao vento, muito menos amando sem dizer; no primeiro caso por que cansa; já no segundo por que ninguém adivinha seus sentimentos.

Muitos de nós passamos a vida toda ao lado das pessoas que amamos e só damos valor quando perdemos. E aí é tarde, pois não há mais como beijar, abraçar, ou tempo para dizer: eu te amo.

Como uma frase tão pequena pode fazer algumas pessoas engasgar e até se omitir e se arrepender depois?

Quantos pais, filhos, amigos, pessoas especiais viveram e morreram sem ouvir: eu te amo!?

Pessoas que nos amaram assim de graça e nós recusamos seus sentimentos acreditando que lá na frente teria algo melhor, alguém perfeito que coubesse em nossos sonhos, ou que simplesmente daria tempo de dizer, mas a vida prega peças.

Muitas vezes estamos tão cegos que não vemos a realidade debaixo de nossos narizes, depois reclamamos da sorte. Deveríamos ser os primeiros a compreender que chutamos nossa própria sorte, acreditando ser uma pedra em nosso caminho rumo a uma felicidade inventada.

A natureza humana é mesmo contraditória, a maioria de nós busca o amor e quando se depara com ele, realmente não sabe o que fazer. Nem com o que sentimos, menos ainda com o que sentem por nós.

Amor, esse sentimento maluco que nos enlouquece de tempos em tempos, sim periodicamente e não me venha com histórias de que só se ama uma única vez que eu sou capaz de rir e lamentar por sua inocência.

O sentimento mais mandraque que já existiu é capaz de morrer e renascer incontáveis vezes.

Só não morra você de braços cruzados e com ele entalado na garganta e afogado nos olhos. Certas coisas; não tem volta, ame.

 

Elaine Spani

(26/09/2014)

29 de agosto de 2014

CELULAR


                                                Foto Meramente Ilustrativa


Pessoas tocam mais nas telas do celular do que se abraçam.

Usam mais fone de ouvido, do que ousam ouvir a voz do outro.

Olham mais em sua tela fria, do que nos olhos uns dos outros.

Existe uma estranha excitação com os barulhos que indicam que chegou uma sms, ou quando somos chamados no wats... o barulho nos excita, mas frente ao outro hesitamos.

O celular tem mais nossa atenção, do damos atenção física às pessoas.

Viciamos nele. Ficamos ali conectados nas redes sociais e cada dia menos fazemos visitas.

Temos um importante meio de comunicação e nos isolamos do mundo real para a distância segura do toque dos dedos.

Postamos fotos de tudo, as redes demonstram alegrias e passeios, mas poucos conhecem nossos problemas, vêem nossa alma.

Quando o celular não funciona, quando a internet não funciona; o ritmo quebra...

Viciamos... Somos crianças sem nossa chupeta recarregável que carregamos para nos manter calmos e conectados.

Assim vivemos nesse ambiente que pensamos controlar enquanto ele nos controla diariamente.

 

SP 28AGO2014.

A Autora – Elaine Spani


11 de julho de 2014

AMARELINHA

Imagem Meramente Ilustrativa


Amarelinha

Menina...menino

Olhos tão tímidos

Conguinhas vermelhas

Cabelo “Joãozinho”.

 

Mãe Sempre-Viva

Pai trabalhando

Ela comigo

Ele chegando.

 

Chão cheirando a cera

Que não era de abelha

Brilhava feito espelho

Que se cobria no temporal.

 

Caçar caramujos

Com lanternas e sal

Cantar hinos na escola

Ir à missa dominical.

 

Roupa lavada

Comida fresquinha

Laranjada! Cheiro de chuva

Espalhando terra no ar.

 

Domingos em Guarulhos

Nona crocheteira

Nono pescador

Negros, brancos; amor.

 

A fresta no chão da sala

O dominó de lambreta

Bolinhos de chuva

Açucarando a mesa.

 

Respeitar os mais velhos

Pedir a benção

Arder em febre

Chorar pesadelos.

 

Crescer brincando

Sangrar sem volta

De menina à mulher

Um atravessar de portas.

 

Elaine Spani

(10/07/2014)